Polícia desmonta rede de poker ilegal ligada à máfia em Nova Jersey; 37 são presos


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Lucchese Family Illegal Poker

Dezenas de pessoas supostamente ligadas à infame família do crime Lucchese foram presas na semana passada por operarem clubes ilegais de poker em Nova Jersey.

As 37 prisões — além de outras duas pessoas formalmente acusadas — incluem o vereador Anand Shah e mafiosos que supostamente operavam os jogos em fundos de restaurantes espalhados pelo estado. Shah, de 42 anos, é acusado de gerenciar as partidas ilegais de poker. Residente de Prospect Park e político atuante, ele é conhecido por já ter sido proprietário de diversas franquias das redes Papa John’s Pizza e Subway.

Clubes Ilegais de Poker

O procurador-geral de Nova Jersey, Matthew Platkin, declarou em coletiva de imprensa na sexta-feira que Shah não apenas organizava os jogos, como também ajudava a família do crime a operar um site ilegal de apostas esportivas.

“Estou plenamente ciente da percepção pública sobre políticos em Nova Jersey e da falta de confiança que muitos têm em seus representantes e nas instituições governamentais,” disse Platkin. “A prisão de um membro do conselho municipal só alimenta ainda mais essa desconfiança.”

Segundo as autoridades, os lucros dos clubes de poker ilegais ultrapassaram US$ 3 milhões. A polícia concluiu uma investigação de dois anos na última quarta-feira, com a operação de busca e apreensão em quatro clubes clandestinos supostamente ligados à família Lucchese.

“Esta era uma organização criminosa altamente estruturada e lucrativa, comandada por pessoas que achavam que estavam acima da lei,” afirmou Theresa Hilton, diretora da Divisão de Justiça Criminal.

A família Lucchese, conhecida na máfia de Nova York e Nova Jersey, passa sua atividade criminosa de geração em geração desde a década de 1920. George “Georgie Neck” Zappola, que a polícia acredita ser membro do painel de comando da família, está entre os nomes de maior destaque entre os presos. Todos os 39 acusados enfrentam processos por extorsão em primeiro grau, conspiração em segundo grau e outros crimes.

“O crime organizado em 2025 pode até parecer diferente do que era há 50 anos, principalmente por conta do componente online,” disse Platkin. “E parte da linguagem pode ter mudado. Mas é a mesma velha história. Criminosos movidos por ganância e poder, que acreditam estar acima da lei.”

As investigações apontam que gerentes de alto escalão ligados à família criminosa delegavam a operação diária a gerentes de menor nível, responsáveis por cobrar taxas dos anfitriões dos jogos. Esses anfitriões, por sua vez, recrutavam jogadores e recolhiam o rake das partidas.

Os acusados podem pegar décadas de prisão. A acusação de extorsão sozinha pode resultar em até 20 anos de reclusão.

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Jon Sofen

Jon Sofen

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