Conhecer ou falar outras línguas pode ser um grande diferencial hoje, sobretudo no mercado de trabalho. Essa condição, no entanto, também pode ser impactada pelo avanço da inteligência artificial.
A possibilidade de falar outras línguas como se fosse um nativo, mesmo desconhecendo as regras e não dominando a fluência, tem tudo para se tornar realidade em futuro próximo.
Isso, porque a Meta, companhia que detém Facebook, WhatsApp e Instagram, decidiu inovar e anunciou que está criando um sistema de IA focado em áudios e que facilitará a expressão de qualquer pessoa em outros idiomas.
Voicebox
A divulgação oficial foi feita pela empresa no último dia 16 de junho. A ferramenta que está sendo desenvolvida já tem até nome escolhido. Ela se chamará Voicebox.
Os usuários poderão enviar comandos de texto e a inteligência artificial vai transformá-los em gravações de áudio com a voz da pessoa, só que em outras línguas.
É como se você falasse o idioma escolhido, só que, na verdade, será o sistema agindo e transformando o seu tom de voz numa voz artificial similar à original.
Em primeiro momento, segundo a Meta, a Voicebox vai trabalhar com seis línguas diferentes. São elas: inglês, português, francês, alemão, espanhol e polonês.
Acessibilidade
Além da revolução que ela pode causar, já que dispensa a necessidade de domínio das regras e do vocabulário de outros idiomas, a ferramenta tem sido vista também como uma fomentadora da acessibilidade.
Espera-se que usuários com deficiência visual, por exemplo, tenham a oportunidade de ouvir mensagens de texto que os amigos enviam com uma voz similar a deles, sem que seja necessário utilizar a voz robótica de assistentes virtuais.
Soluções parecidas
Essas funções anunciadas pela Meta também fazem parte de outros sistemas de IA já oficializados por outras empresas. Um deles é o Personal Voice, divulgado pela Apple em maio deste ano.
A diferença da Voicebox seria a possibilidade de edição dos áudios, com retirada de ruídos e sons indesejados, por exemplo. Os trechos prejudicados serão substituídos automaticamente pela inteligência artificial.
A companhia liderada por Mark Zuckerberg informou, ainda, que o objetivo é criar vozes com aspectos cada vez mais naturais e que podem ser expandidas ou utilizadas em assistentes virtuais e, até mesmo, no Metaverso.