A inteligência artificial (IA) tem sido utilizada para trazer de volta a imagem e a voz de famosos que já faleceram. Apesar de não ser uma prática nova, a forma como a IA “ressuscita” artistas para usos em comerciais e apresentações foi bastante discutida na última semana, por causa de uma nova propaganda de TV.
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Isso, porque um comercial da Volkswagen, que recriou a imagem e a voz da cantora Elis Regina, falecida na década de 80, foi feito usando IA. No anúncio, Maria Rita cantou ao lado da mãe, a clássica canção “Como Nossos Pais”, emocionando alguns espectadores e assustando outros. O vídeo rendeu até mesmo abertura de processo no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar).
Um outro caso recente inclui James Dean, que faleceu em 1955. Os produtores do filme “Finding Jack” adquiriram os direitos de imagens do ator e planejam usar IA para recriar a sua imagem, fala e movimentos no filme, que ainda está em desenvolvimento.
IA ‘ressuscita’ famosos há algum tempo
O uso de inteligência artificial para esse fim tem se aprimorado, mas não é novo.
Em 2014, por exemplo, a imagem da atriz Audrey Hepburn, falecida há 21 anos, foi utilizada em um comercial de uma marca de chocolate. Os realizadores utilizaram computação gráfica e modelos 3D para criar o vídeo, capturando mais de 70 movimentos faciais de atrizes parecidas com Hepburn.
Tupac Shakur e Michael Jackson também “voltaram à vida” em forma de hologramas. Tupac Shakur apareceu em uma performance no festival Coachella, em 2012, enquanto Michael Jackson fez uma performance solo no Billboard Music Awards, de 2014. Ambas as aparições foram possíveis graças à computação gráfica, que recriou as imagens dos artistas, incluindo movimentos e aparência.
No Brasil, mesmo sem o uso avançado de IA ou computação gráfica, grandes encontros entre artistas também ocorreram. Em 1991, uma marca de cerveja colocou Tom Jobim e Vinicius de Moraes frente a frente, utilizando efeitos especiais para criar a ilusão de interação entre os dois, que brindaram com copos de cerveja.
Esses exemplos mostram como a IA e a computação gráfica têm sido utilizadas para trazer de volta a presença de artistas falecidos, possibilitando encontros virtuais e recriações de performances icônicas.