A tecnologia tem dominado o mundo de maneira inegável. Vivemos uma era em que a presença de dispositivos eletrônicos, aplicativos e sistemas integrados se tornou uma parte das nossas vidas.
É normal ouvirmos discussões sobre como a inteligência artificial é o futuro e como ela transformará diversos setores, desde a indústria comum até a saúde. No entanto, ao mesmo tempo em que há comemorações a respeito desses avanços, outros os temem.
No entanto, é importante ressaltar que, apesar de todas as vantagens que a tecnologia traz consigo, ela também pode sobrecarregar muitos indivíduos.
Notificações incessantes têm nos mantidos constantemente conectados, com notícias que chegam sem parar, e-mails e grupos de WhatsApp com milhares de informações.
Além disso, as redes sociais, embora tenham seus benefícios, geraram problemas psicológicos para a maioria das pessoas.
Estudos revelam que adolescentes passam mais de oito horas conectados diariamente. Não é de surpreender, portanto, que os níveis de depressão e ansiedade estejam aumentando constantemente no mundo.
A busca pelos ‘telefones burros’
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Diante de toda essa pressão e exposição, um grupo de pessoas começou a usar os chamados “telefones burros“, ou seja, aqueles aparelhos mais antigos que serviam para o básico: fazer ligações e enviar mensagem.
Esses dispositivos simples têm ajudado milhares de pessoas a lidar com a sobrecarga tecnológica, uma vez que elas não ficam constantemente expostas à pressão de acompanhar as notícias, responder a mensagens instantâneas ou verificar atualizações nas redes sociais.
Millennials e Geração Z
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A ideia de simplificar a tecnologia tem sido muito bem aceita pelos millennials, que são pessoas nascidas entre 1981 e 1995. Para essa geração, reviver um período em que a internet não tinha um papel central na vida das pessoas pode trazer um senso de nostalgia e uma pausa tão necessária no mundo digital.
No entanto, os “telefones burros” não são apenas atrativos para os millennials. A geração Z, composta por pessoas nascidas entre 1995 e 2010, também está demonstrando interesse nessa tendência.
Embora tenham nascido em uma era tecnológica, com acesso fácil à internet e às redes sociais desde cedo, muitos jovens da geração Z estão curiosos para experimentar um período em que a tecnologia não dominava a sociedade. E usar aparelhos como esses poderia dar a eles a sensação de conhecerem mais sobre esse momento.
Em última análise, tanto os millennials quanto a geração Z têm motivações distintas para se interessarem pelos telefones burros. Enquanto os millennials desejam reviver um tempo em que a internet não era onipresente, a geração Z busca experimentar uma época que não viveu.
Essa busca por um equilíbrio entre o mundo digital e o mundo real reflete uma necessidade crescente de desconexão e bem-estar em uma sociedade cada vez mais conectada.