A 50 dias dos Jogos, atletas acertam últimos detalhes rumo a Paris 2024

O tempo, agora, parece acelerar. A 50 dias dos Jogos Olímpicos Paris 2024, os atletas acertam os últimos passos antes da competição. São estágios diferentes em um planejamento de anos. Em alguns casos, pequenos ajustes e o controle de uma ansiedade cada vez maior. Em outros, a busca pela forma ideal rumo à capital francesa.

Rebeca Andrade, uma das maiores promessas de medalha do Brasil em Paris, acredita que o momento é de um ajuste fino. A ginasta diz que o ritmo de treino continua intenso para chegar em Paris em sua melhor forma.

“Acho que não está faltando nada. Estamos focando no nosso objetivo, que é fazer boas apresentações durante a competição. Estamos treinando bastante para isso. É tentar chegar tranquila, feliz, saudável. As coisas vão acontecer”, disse.

Ginasta mais experiente do Time Brasil, Jade Barbosa concorda. Aos 32 anos, a atleta acredita que o mais difícil talvez seja controlar a ansiedade e aproveitar o tempo até os Jogos.

“Estamos querendo aproveitar cada dia. É mais sobre isso. Ter paciência com a ansiedade e aproveitar ao máximo todas as coisas. Testar o que ainda tem de testar, aproveitar o treinamento. O atleta nunca sabe quando vai ter a oportunidade de viver isso novamente. Às vezes, a gente tem pressa, quer que o processo acabe logo. Mas precisamos aproveitar”, afirmou.

Flávia Saraiva também acredita que é tempo de atenção redobrada. Ao focar nos últimos treinamentos, a ginasta entende que é hora de se cuidar.

“Nessa reta final, é mais sabedoria. Com tudo o que a gente já treinou, as séries não vão mudar muito. A gente já sabe o que tem de fazer na competição. Muito cuidado e sabedoria nos treinos. Prestar muita atenção. Se a gente já prestava atenção antes, precisa prestar em dobro. Porque falta muito pouquinho. Não podemos dar bobeira. E descanso. Descanso mental, descanso para o corpo. Está chegando!”, disse.

Tempo de recuperação

Ingrid Oliveira e Isaac Souza, por outro lado, ainda correm contra o tempo. A dupla dos saltos ornamentais está em recuperação de pequenos problemas físicos. Por isso, os dois vão buscar a melhor forma possível nos próximos 50 dias para que cheguem bem a Paris. Ingrid, por um lado, tenta se recuperar de dores nas costas, enquanto Isaac lida com uma tendinopatia crônica no cotovelo esquerdo.

“Como eu estou lesionada, fica um pouco mais difícil de treinar. A gente está resolvendo essa questão para eu voltar 100%. Estou com as costas todas lascadas. É muscular, articular. Mas vai dar tempo”, brincou a atleta.

“Ainda tenho alguns detalhes para ajustar. Acho que é assim em toda preparação importante. No meu caso, faltam alguns detalhes a mais, por eu estar com algumas lesões ainda. Estamos correndo contra o tempo, tudo ajustado com os médicos. Estou aqui todos os dias para treinar e dar meu máximo”, disse.

Renan Gallina, destaque do atletismo, também quer aproveitar para se recuperar de uma pequena lesão na perna direita. Assim, espera não demorar a voltar ao melhor ritmo de treino e de intensidade.

“Para essa reta final, quero aproveitar o momento para tratar uma pequena lesão na perna. Já está em fase final, última semana de recuperação. Quero aproveitar o máximo possível para recuperar ritmo de treino, de tiros, intensidade. Agora, visando mais à prova dos 200m do que a dos 100m. Estamos aí para mais uma temporada”, afirmou.

Mafe Costa, da natação, por outro lado, está focada em manter o ritmo. Com bons resultados na temporada, espera seguir firme para buscar o melhor resultado possível em Paris.

“A preparação está muito boa, muito forte. Acho que estamos no caminho certo. Eu tenho feito uma temporada muito boa para chegar em Paris com os melhores resultados possíveis, com boas raias e melhores colocações. Para entrar numa final, para fazer história para o Brasil. Faltando, não está. Eu estou sempre adicionando para estar mais preparada que nunca”, disse.

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